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sábado, 18 de agosto de 2007

O SUSTO

Olha lá José onde está o garoto que há tanto tempo que não aparece? e eu não sei mas tens que saber, porque o miúdo está á nossa responsabilidade. Eu também já estou em cuidado e daqui a pouco é noite. - E se ele não aparecer Até á noite o que fazemos?- se ele não aparecer até á noite espera-se para amanhã, se ele de manhã não aparecer vou a casa dos pais dele.- Então e que desculpa lhe vais arranjar? Olha que o miúdo já sabe bem o que diz e o que faz. depois se vê.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

O CONTRATO

-Ò filho mas nós não temos que comer,- mas o pai tem muito dinheiro guardado que eu já vi.-
-Mas o nosso problema não é o dinheiro, filho o nosso problema é não haver nada para nós
comprarmos com o dinheiro, e na horta também já não há nada para comer.
A mãe vai falar com o pai e desta vês vai lá o pai falar com o sr. José, está bem assim?
-Tá bem mas só a seguir ao Natal. - está bem eu vou falar com o pai.- Ó Mãe, a nossa cabra onde está?
- Olha filho tivemos que a trocar por milho para fazer pão, que os teus irmãos já não provavam pão á mais de
um mês, então e já não há desse pão?- Não filho já se acabou.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

A TRAGÉDIA

Quem nada tem, nada come, E ao pé de quem tem comer, se alguém disser que tem fome, comete um crime sem querer. O filho então o que foi que aconteceu, nada -como nada se tu estás aqui quando devias estar na casa do teu patrão? - Ele pôs-me na rua,- E por que te pôs ele na rua? - porque eu gosto da d. Joaninha. Ai valha-me Deus, que tragédia, então e ele disse que não te queria lá mais?- Não ele não disse isso, só disse, some daqui para fora, e eu fugi, enquanto ele ficou a ralhar com a d. Joaninha.- (Estamos em Novembro de 1943 em plena guerra) Olha filho logo quando o teu pai chegar nós vamos falar e depois eu ou o teu pai vamos lá falar com os teus patrões para tu voltares para lá. - Eu não quero voltar para lá.

de novo em casa

Então filho o que é que te aconteceu, o que tu fizeste? Nada mãe o sr. José é que me mandou embora mas sem rasão. Estás á espera que eu acredite que o sr. José estava muito bem e de repente lembrou-se e disse esta-me a apetecer mandar o miúdo embora, e chegou a ti e disse : vai-te embora some daqui para fora. Ele tem ciumes de mim mãe, Eu não acredito no que eu oiço. Mas é verdade mãe. O teu pai quando souber vai ficar contente vai. O mãe mas eu juro que não tive culpa. Nós mais logo falamos.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

O REGRESSO

Pronto :eu levo-te para casa mas a tua mãe vai ficar triste com isto.
mas eu não fiz mal nenhum tio.
Pronto não se fala mais nisso. (A chegada a casa) Ai Jesus o que é que aconteceu filho. Não acontece nada, eu vinha do mercado e vejo o rapas a correr e gritei-lhe, o que tinha acontecido, e ele disse-me só que não tinha acontecido nada. ó compadre obrigado por mo ter trazido. Pronto adeus. Adeus.
- Olha aqui Joaninha ou tu mudas de comportamento, ou nós vamos ter problemas por causa do rapas.Eu proíbo te de te abeirares dele.
E tu achas que isso é justo, é só uma criança. É uma criança que me está a dar muito que pensar.
Não sejas tonto e onde é que ele está? Descansa que ele não foge.